Poema Pára, Funesto Destino
Pára, funesto destino,
Respeita a minha constância;
Pouco vences, se não vences
De minha alma a tolerância.
Se eu sobrevivo aos estragos
Dos males que me fizeste,
Inutil é combater-me,
Nem me vences, nem venceste.
Com secos olhos diviso
Esse horror que se apresenta:
Os meus existem de glória;
Morrendo a glória os alenta.
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