Vae para um Convento!
Falhei na Vida. Zut! Ideaes caidos! Torres por terra! As arvores sem ramos! Ó meus amigos! todos nós falhamos… Nada […]
Poemas em Português
Falhei na Vida. Zut! Ideaes caidos! Torres por terra! As arvores sem ramos! Ó meus amigos! todos nós falhamos… Nada […]
O Poeta Olá, bom velho! é aqui o Hotel da Cova, Tens algum quarto ainda para alugar? Simples que seja, […]
Em certo reino, á esquina do planeta, Onde nasceram meus Avós, meus Paes, Ha quatro lustres, viu a luz um […]
Noitinha. O sol, qual brigue em chammas, morre Nos longes d’agoa… Ó tardes de novena! Tardes de sonho em que […]
Meus dias de rapaz, de adolescente, Abrem a bocca a bocejar sombrios: Deslizam vagarozos, como os rios, Succedem-se uns aos […]
Venho, torna-me velho esta lembrança! D’um enterro d’anjinho, nobre e puro: Infancia, era este o nome da criança Que, hoje, […]
Meu coração, não batas, pára! Meu coração, vae-te deitar! A nossa dor, bem sei, é amara, A nossa dor, bem […]
Aqui, sobre estas aguas cor de azeite, Scismo em meu lar, na paz que lá havia: Carlota, á noite, ia […]
A virgem de ontem é já hoje mãe: O leito azul e branco do noivado Ei-lo, em bem pouco tempo, […]
Os meus peccados, Anjo! os meus peccados! Contar-t’os? Para que, se não têm fim… Sou santo ao pé dos outros […]
Ó grandes olhos outomnaes! mysticas luzes! Mais tristes do que o amor, solemnes como as cruzes! Ó olhos pretos! olhos […]
N’um rio virginal d’agoas claras e mansas, Pequenino baixel, a santa vae boiando… Pouco e pouco, dilue-se o oiro das […]
Ó virgens que passaes, ao sol-poente, Pelas estradas ermas, a cantar! Eu quero ouvir uma canção ardente Que me transporte […]
Altos pinheiros septuagenarios E ainda empertigados sobre a serra! Sois os Enviados-extraordinarios, Embaixadores d’El-Rey Pan, na Terra. A noite, sob […]
1 Além, na tapada das Quatorze Cruzes, Que triste velhinha que vae a passar! Não leva candeia; hoje, o céu […]
Vae em seis mezes que deixei a minha terra E tu ficaste lá, mettida n’uma serra, Boa velhinha! que eras […]
Quando ella passa á minha porta, Magra, livida, quazi morta, E vae até á beira-mar, Labios brancos, olhos pizados: Meu […]
Vaidade, meu amor, tudo vaidade! Ouve: quando eu, um dia, for alguem, Tuas amigas ter-te-ão amizade, (Se isso é amizade) […]
1 Os sinos tocam a noivado, No Ar lavado! Os sinos tocam, no Ar lavado, A noivado! Que linda criança […]
O Primeiro Homem Que lindo mundo! E eu só! Que tortura tamanha! Ninguem! Meu pae é o céu. Minha mãe […]
Vou sobre o Oceano (o luar de lindo enleva!) Por este mar de Gloria, em plena paz. Terras da Patria […]
Não reparaste nunca? Pela aldeia, Nos fios telegraphicos da estrada, Cantam as aves, desde que o sol nada, E, á […]
Ó meu cachimbo! Amo-te immenso! Tu, meu thuribudo sagrado! Com que, bom Abbade, incenso A Abbadia do meu passado. Fumo? […]
Morreu, Vae a dormir, vae a sonhar… Deixal-a! (Fallae baixinho: agora mesmo se ficou…) Como padres orando, os choupos formam […]
Quando vem Junho e deixo esta cidade, Batina, Caes, tuberculozos céus, Vou para o Seixo, para a minha herdade: Adeus, […]
O meu beliche é tal qual o bercinho, Onde dormi horas que não vêm mais. Dos seus embalos já estou […]
O meu vizinho é carpinteiro, Algibebe de Dona Morte: Ponteia e coze, o dia inteiro, Fatos de pau de toda […]
– Onde vaes tu, cavalleiro, Pela noite sem luar? Diz o vento viajeiro, Ao lado d’elle a ventar… Não responde […]
Rozas de vinho! Abri o calice avinhado! Para que em vosso seio o labio meu se atole: Beber até cair, […]
A Ares n’uma aldeia Quando cheguei, aqui, Santo Deus! como eu vinha! Nem mesmo sei dizer que doença era a […]
O João dorme… (Ó Maria, Dize áquella cotovia Que falle mais devagar: Não vá o João, acordar…) Tem só um […]
Longe de ti, na cella do meu quarto, Meu copo cheio de agoirentas fezes, Sinto que rezas do Outro-mundo, harto, […]
Tombou da haste a flor da minha infancia alada, Murchou na jarra de oiro o pudico jasmim: Voou aos altos […]
Iamos sós pela floresta amiga, Onde em perfumes o luar se evola, Olhando os céus, modesta rapariga! Como as crianças […]
Quando eu, feliz! morrer, oiça, Sr. Abbade, Oiça isto que lhe peço: Mande-me abrir, alli, uma cova á vontade, Olhe: […]
Poveirinhos! meus velhos pescadores! Na Agoa quizera com vocês morar: Trazer o lindo gorro de trez cores, Mestre da lancha […]
O Espirito, a Nuvem, a Sombra, a Chymera, Que (aonde ainda não sei) neste mundo me espera Aquella que, um […]
E a Vida foi, e é assim, e não melhora. Esforço inutil, crê! Tudo é illuzão… Quantos não scismam n’isso […]
1 Ó choupo magro e velhinho, Corcundinha, todo aos nós: És tal qual meu avôzinho, Falta-te apenas a voz. 2 […]
Manoel, tens razão. Venho tarde. Desculpa. Mas não foi Anto, não fui eu quem teve a culpa, Foi Coimbra. Foi […]
– Verdes figueiras soluçantes nos caminhos! Vós sois odiadas desde os seculos avós: Em vossos galhos nunca as aves fazem […]