Tese e Antítese
I Já não sei o que vale a nova idéia, Quando a vejo nas ruas desgrenhada, Torva no aspecto, à […]
Poemas em Português
I Já não sei o que vale a nova idéia, Quando a vejo nas ruas desgrenhada, Torva no aspecto, à […]
I Sai das nuvens, levanta a fronte e escuta O que dizem teus filhos rebelados, Velho Jeová de longa barba […]
Encostados ás grades da prisão, Olham o céo os palidos captivos. Já com raios obliquos, fugitivos, Despede o sol um […]
Ali, onde o mar quebra, n’um cachão Rugidor e monótono, e os ventos Erguem pelo areal os seus lamentos, Ali […]
Sonho de olhos abertos, caminhando Não entre as formas já e as aparências, Mas vendo a face imóvel das essências, […]
Ausentes filhas do prazer: dizei-me! Vossos sonhos quais são, depois da orgia? Acaso nunca a imagem fugidia Do que fostes, […]
Entre os filhos dum século maldito Tomei também lugar na ímpia mesa, Onde, sob o folgar, geme a tristeza Duma […]
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas, Colher nos vales lírios e boninas, E galgamos dum fôlego as colinas Dos […]
Só! – Ao ermita sósinho na montanha Visita-o Deus e dá-lhe confiança: No mar, o nauta, que o tufão balança, […]
Estava a Morte ali, em pé, diante, Sim, diante de mim, como serpente Que dormisse na estrada e de repente […]
Fluxo e refluxo eterno… João de Deus. Dorme a noite encostada nas colinas. Como um sonho de paz e esquecimento […]
Cheia de Graça, Mãe de Misericórdia N’um sonho todo feito de incerteza, De nocturna e indizível ansiedade, É que eu […]
Erguendo os braços para o céu distante E apostrofando os deuses invisíveis, Os homens clamam: – “Deuses impassíveis, A quem […]
Há mil anos, bom Cristo, ergueste os magros braços E clamaste da cruz: há Deus! e olhaste, ó crente, O […]
Espírito que passas, quando o vento Adormece no mar e surge a Lua, Filho esquivo da noite que flutua, Tu […]
Disse ao meu coração: Olha por quantos Caminhos vãos andámos! Considera Agora, desta altura, fria e austera, Os ermos que […]
Pelo caminho estreito, aonde a custo Se encontra uma só flor, ou ave, ou fonte, Mas só bruta aridez de […]
Reprimirei meu pranto!… Considera Quantos, minh’alma, antes de nós vagaram, Quantos as mãos incertas levantaram Sob este mesmo céu de […]
Noite, irmã da Razão e irmã da Morte, Quantas vezes tenho eu interrogado Teu verbo, teu oráculo sagrado, Confidente e […]
Amar! mas d’um amor que tenha vida… Não sejam sempre tímidos harpejos, Não sejam só delirios e desejos D’uma douda […]