Poesia Portuguesa

Poemas em Português

Ignotus

(A Salomão Sáragga) Onde te escondes? Eis que em vão clamamos, Suspirando e erguendo as mãos em vão! Já a […]

Justitia Mater

Nas florestas solenes há o culto Da eterna, íntima força primitiva: Na serra, o grito audaz da alma cativa, Do […]

Despondency

Deixá-la ir, a ave, a quem roubaram Ninho e filhos e tudo, sem piedade… Que a leve o ar sem […]

Visão

(A J. M. Eça de Queiroz) Eu vi o Amor – mas nos seus olhos baços Nada sorria já: só […]

Abnegação

Chovam lírios e rosas no teu colo! Chovam hinos de glória na tua alma! Hinos de glória e adoração e […]

Ad Amicos

Em vão lutamos. Como névoa baça, A incerteza das coisas nos envolve. Nossa alma, em quanto cria, em quanto volve, […]

Voz Interior

(A João de Deus) Embebido n’um sonho doloroso, Que atravessam fantásticos clarões, Tropeçando n’um povo de visões, Se agita meu […]

A uma Mulher

Para tristezas, para dor nasceste. Podia a sorte pôr-te o berço estreito N’algum palácio e ao pé de régio leito, […]

Transcendentalismo

(A J. P. Oliveira Martins) Já sossega, depois de tanta luta, Já me descansa em paz o coração. Caí na […]

Mais Luz!

(A Guilherme de Azevedo) Amem a noite os magros crapulosos, E os que sonham com virgens impossíveis, E os que […]

Consulta

Chamei em volta do meu frio leito As memórias melhores de outra idade, Formas vagas, que às noites, com piedade, […]

Pequenina

Eu bem sei que te chamam Pequenina E ténue como o véu solto na dança, Que és no juizo apenas […]

Mãe

Mãe – que adormente este viver dorido, E me vele esta noite de tal frio, E com as mãos piedosas […]

Enquanto outros Combatem

Empunhasse eu a espada dos valentes! Impelisse-me a acção, embriagado, Por esses campos onde a Morte e o Fado Dão […]

No Turbilhão

(A Jaime Batalha Reis) No meu sonho desfilam as visões, Espectros dos meus próprios pensamentos, Como um bando levado pelos […]

Jura

Pelas rugas da fronte que medita… Pelo olhar que interroga – e não vê nada… Pela miséria e pela mão […]

Sonho

Sonhei – nem sempre o sonho é coisa vã – Que um vento me levava arrebatado, Através desse espaço constelado […]

Lamento

Um diluvio de luz cae da montanha: Eis o dia! eis o sol! o esposo amado! Onde ha por toda […]

Espiritualismo

I Como um vento de morte e de ruína, A Dúvida soprou sobre o Universo. Fez-se noite de súbito, imerso […]

Nox

Noite, vão para ti meus pensamentos, Quando olho e vejo, à luz cruel do dia, Tanto estéril lutar, tanta agonia, […]