Poesia Portuguesa

Poemas em Português

Psiquetipia

Símbolos. Tudo símbolos Se calhar, tudo é símbolos… Serás tu um símbolo também? Olho, desterrado de ti, as tuas mãos […]

Acordar

Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras, Acordar da Rua do Ouro, Acordar do Rocio, às […]

O Tumulto

O tumulto concentrado da minha imaginação intelectual… Fazer filhos à razão prática, como os crentes enérgicos… Minha juventude perpétua De […]

Dobrada à Moda do Porto

Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo, Serviram-me o amor como dobrada fria. Disse delicadamente ao missionário […]

Barrow-on-Furness

I Sou vil, sou reles, como toda a gente Não tenho ideais, mas não os tem ninguém. Quem diz que […]

É Inútil Tudo

Chega através do dia de névoa alguma coisa do esquecimento, Vem brandamente com a tarde a oportunidade da perda. Adormeço […]

Na Noite Terrível

Na noite terrível, substância natural de todas as noites, Na noite de insônia, substância natural de todas as minhas noites, […]

O Florir

O florir do encontro casual Dos que hão sempre de ficar estranhos… O único olhar sem interesse recebido no acaso […]

Pecado Original

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido? Será essa, se alguém a escrever, A verdadeira história da […]

Ode Triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a […]

Vilegiatura

O sossego da noite, na vilegiatura no alto; O sossego, que mais aprofunda O ladrar esparso dos cães de guarda […]

Faróis

Faróis distantes, De luz subitamente tão acesa, De noite e ausência tão rapidamente volvida, Na noite, no convés, que conseqüências […]

Não, não é Cansaço

Não, não é cansaço… É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, E um domingo […]

Sou Lúcido

Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa Aquele homem mal vestido, pedinte por profissão que se lhe […]

Mestre

Mestre, meu mestre querido, Coração do meu corpo intelectual e inteiro! Vida da origem da minha inspiração! Mestre, que é […]

Nunca, por Mais

Nunca, por mais que viaje, por mais que conheça O sair de um lugar, o chegar a um lugar, conhecido […]

Não: Devagar

Não: devagar. Devagar, porque não sei Onde quero ir. Há entre mim e os meus passos Uma divergência instintiva. Há […]

Lisbon Revisited (1926)

Nada me prende a nada. Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo. Anseio com uma angústia de fome de carne O […]