Poema Cabra-Cega

Mais poemas:

1. Vaidade, Tudo Vaidade! Vaidade, meu amor, tudo vaidade! Ouve: quando eu, um dia, for alguem, Tuas amigas ter-te-ão amizade, (Se isso é amizade) […]...
2. Basta, Destino Severo Basta, destino severo: Em dias tão malogrados Me trocaste sem piedade Instantes afortunados. Quais voltas do sol os raios Pelas […]...
3. Cisne Amei-te? Sim. Doidamente! Amei-te com esse amor Que traz vida e foi doente… À beira de ti, as horas Não […]...
4. A Vida Leve Só o ter flores pela vista fora Nas áleas largas dos jardins exatos Basta para podermos Achar a vida leve. […]...
5. Depois da Luta e Depois da Conquista Depois da luta e depois da conquista Fiquei só! Fora um ato antipático! Deserta a Ilha, e no lençol aquático […]...
6. Obrei quanto o Discurso me Guiava Obrei quanto o discurso me guiava, Ouvi aos sábios quando errar temia; Aos bons no gabinete o peito abria, Na […]...
7. A Minha Religião é o Novo A minha Religião é o Novo. Este dia, por exemplo; o pôr do Sol, estas invenções habituais: o Mar. Ainda: […]...
8. Explicação da Eternidade devagar, o tempo transforma tudo em tempo. o ódio transforma-se em tempo, o amor transforma-se em tempo, a dor transforma-se […]...
9. Guerra Tanto é o sangue que os rios desistem de seu ritmo, e o oceano delira e rejeita as espumas vermelhas. […]...
10. É Brando o Dia, Brando o Vento É brando o dia, brando o vento É brando o sol e brando o céu. Assim fosse meu pensamento! Assim […]...
11. Saudades Trágico-Marítimas Chora no ritmo do meu sangue, o Mar. Na praia, de bruços, fico sonhando, fico-me escutando o que em mim […]...
12. Sobresalto Quantas horas passava contemplando Seu pequenino Vulto. Era um Anjinho Dentro de nossa casa, abençoando… Era uma Flôr, um Astro, […]...
13. Não Choreis os Mortos Não choreis nunca os mortos esquecidos Na funda escuridão das sepulturas. Deixai crescer, à solta, as ervas duras Sobre os […]...
14. Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura! Ser doido-alegre, que maior ventura! Morrer vivendo p’ra além da verdade. É tão feliz quem goza tal loucura Que nem […]...
15. Árvores do Alentejo Ao Prof Guido Battelli Horas mortas… Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido… e, torturadas, As árvores […]...
16. Da Vida… não Fales Nela Da vida… não fales nela, quando o ritmo pressentes. Não fales nela que a mentes. Se os teus olhos se […]...
17. Noite de Natal [A um pequenito, vendedor de jornais] Bairro elegante, – e que miséria! Roto e faminto, à luz sidéria, O pequenito […]...
18. Em Busca da Beleza Soam vãos, dolorido epicurista, Os versos teus, que a minha dor despreza; Já tive a alma sem descrença presa Desse […]...
19. Quanto Mais me Paga, Mais me Deve Passo por meus trabalhos tão isento De sentimento grande nem pequeno, Que só por a vontade com que peno Me […]...
20. O Mágico Veneno Um mover de olhos, brando e piedoso, Sem ver de quê; um riso brando e honesto, Quase forçado; um doce […]...
21. Confissão Meus lábios, meus olhos (a flor e o veludo…) Minha ideia turva, minha voz sonora, Meu corpo vestido, meu sonho […]...
22. O Ritmo Antigo que Há em Pés Descalços O ritmo antigo que há em pés descalços, Esse ritmo das ninfas repetido, Quando sob o arvoredo Batem o som […]...
23. Mil estrelas no colo mãe, eu sei que ainda guardas mil estrelas no colo. eu, tantas vezes, ainda acredito que mil estrelas são todas […]...
24. Aliança Por tudo quanto sei, mas não sabia, (Feliz de quem um dia ainda o souber!) Por essa estrela branca em […]...
25. Poder Crer em Santa Bárbara Esta tarde a trovoada caiu Pelas encostas do céu abaixo Como um pedregulho enorme… Como alguém que duma janela alta […]...
26. Tormanto do Ideal Conheci a Beleza que não morre E fiquei triste. Como quem da serra Mais alta que haja, olhando aos pés […]...
27. Grita Amor, quando chegares à minha fonte distante, cuida para que não me morda tua voz de ilusão: que minha dor […]...
28. Que Bem Sabe o Amor Constante Até no carro te canto, Fala a fala, seio a seio, Espantado de um encanto Que mais parece receio De […]...
29. Dinheiro Quem quiser ter filhos que doire primeiro A jarra onde, inteira, caiba alguma flor! Ai dos que têm filhos, mas […]...
30. Exílio O mundo não era o rosto de minha amada, nem o olhar de minha mãe. E aquele fim de noite, […]...
31. A umas Saudades Saudades de meu bem, que noite e dia A alma atormentais, se é vosso intento Acabardes-me a vida com tormento, […]...
32. Doce Certeza Por essa vida fora hás-de adorar Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca, Em infinito anseio hás de beijar Estrelas d´ouro […]...
33. O Meu Condão Quis Deus dar-me o condão de ser sensível Como o diamante à luz que o alumia, Dar-me uma alma fantástica, […]...
34. Mãe Dolorosa Vi-o doente, ouvi os seus gemidos; Sinto a memoria negra, ao recordá-lo! A Mãe baixava os olhos doloridos Sobre o […]...
35. Ruínas I E é triste ver assim ir desfolhando, Vê-las levadas na amplidão do ar, As ilusões que andámos levantando Sobre […]...
36. Inscrição Quem se deleita em tornar minha vida impossível por todos os lados? Certamente estás rindo de longe, ó encoberto adversário! […]...
37. O Meu Amor O meu amor, que livre anda de engano, ambiente natural encontra nestes campos, onde a relva, levemente movida pela brisa, […]...
38. Voz das Lágrimas Que belos são os olhos marejados, – Ó meu Amor – de lágrimas!… Parece Que sobre os nossos olhos extasiados […]...
39. Na Tarde Erramos Na tarde erramos Nós, tu e eu, Mas três. Tão sós que vamos E não sou eu Quem vês. Discreto […]...
40. Poema Final Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas, _ Fulgurações azuis, vermelhos de hemoptise, Represados clarões, cromáticas vesânias, No limbo onde esperais […]...