Elegia do Ciúme
A tua morte, que me importa, se o meu desejo não morreu? Sonho contigo, virgem morta, e assim consigo (mas […]
Poemas em Português
A tua morte, que me importa, se o meu desejo não morreu? Sonho contigo, virgem morta, e assim consigo (mas […]
Era também de noite Era também Dezembro Vieram-me dizer que o meu irmão nascera Já não sei afinal se o […]
Tudo principiava pela cúmplice neblina que vinha perfumada de lenha e tangerinas Só depois se rasgava a primeira cortina E […]
Nem todo o corpo é carne… Não, nem todo Que dizer do pescoço, às vezes mármore, às vezes linho, lago, […]
Desvio dos teus ombros o lençol, que é feito de ternura amarrotada, da frescura que vem depois do sol, quando […]
É o braço do abeto a bater na vidraça? E o ponteiro pequeno a caminho da meta! Cala-te, vento velho! […]
Que importa o gesto não ser bem o gesto grácil que terias? – Importa amar, sem ver a quem… Ser […]
Quero uma rua de Roma com seus rubros com seus ocres com essa igreja barroca essa fonte esse quiosque aquele […]
E volto a murmurar Do cântico de amor gerado na Suméria às novas europutas Do muito que me dás ao […]
O teu corpo O meu corpo E em vez dos corpos que somados seriam nossos corpos implantam-se no espaço novos […]
Já o silêncio não é de oiro: é de cristal; redoma de cristal este silêncio imposto. Que lívido museu! Velado, […]
Era uma noite apressada depois de um dia tão lento. Era uma rosa encarnada aberta nesse momento. Era uma boca […]
E por vezes as noites duram meses E por vezes os meses oceanos E por vezes os braços que apertamos […]
No barco sem ninguém, anónimo e vazio, ficámos nós os dois, parados, de mão dada… Como podem só dois governar […]
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que se veja à mesa o meu lugar vazio Há-de vir […]
Se é sem dúvida Amor esta explosão de tantas sensações contraditórias; a sórdida mistura das memórias, tão longe da verdade […]
E tropeçavam todos nalgum vulto, quantos iam, febris, para morrer: era o passado, o seu passado – um vulto de […]
Tudo que sou, no imaginado silêncio hostil que me rodeia, é o epitáfio de um pecado que foi gravado sobre […]
Fujo da sombra; cerro os olhos: não há nada. A minha vida nem consente rumor de gente na praia desolada. […]
Que doentia claridade a que me invade e me obsidia, durante a noite e à luz da tarde, à luz […]