Autor Sá Miranda

Aquela fé tão clara e verdadeira, A vontade tão limpa e tão sem mágoa, Tantas vezes provada em viva frágua […]

Do passado arrependido, seguro doutro erro tal, seja o perdido, perdido, e do mal, o menos mal. Faça-se o que […]

Este retrato vosso é o sinal ao longe do que sois, por desamparo destes olhos de cá, porque um tão […]

Por estes campos sem fim, onde a vista assim se estende, que verei, triste de mim, pois ver-vos se me […]

O coração que vos vê aos olhos que vos não vêem não nos culpem, que não têm alguma razão porquê. […]

Comigo me desavim, Sou posto em todo perigo; Não posso viver comigo Nem posso fugir de mim. Com dor da […]

Em tormentos cruéis, tal sofrimento, em tão contínua dor, que nunca aliva, chamar a morte sempre, e que ela, altiva, […]

O sol é grande, caem co’a calma as aves, do tempo em tal sazão, que sói ser fria; esta água […]

Quando eu, senhora, em vós os olhos ponho, e vejo o que não vi nunca, nem cri que houvesse cá, […]

Antre tremor e desejo, Vã espernça e vã dor, Antre amor e desamor, Meu triste coração vejo. Nestes extremos cativo […]

Não sei qu’em vós mais vejo; não sei que mais ouço e sinto ao rir vosso e falar; não sei […]

Não vejo o rosto a ninguém, cuidais que sou, e não sou. Sombras que não vão nem vêm, parece que […]

Quem aos olhos dar-me-á uma vertente de lágrimas, que manem noite e dia? Ao menos a alma, enfim, respiraria, chorando, […]

Ó meus castelos de vento que em tal cuita me pusestes, como me vos desfizestes! Armei castelos erguidos, esteve a […]

Desarrezoado amor, dentro em meu peito, tem guerra com a razão. Amor, que jaz i já de muitos dias, manda […]