Poema À Morte
Tu que mísero vives
no vão dos braços
em súbito furor
Tu de mãos cativas
senhor dos ombros
indefeso dador
Tu que os dedos secas
no liso peito
armado amador
Tu no cárcere vivo
das horas idas
impune rumor
Tu rendida palavra
íntimo trânsito
do barco raptor
Tu que na minha pele
táctil ardor
amável me esperas
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