Poema Guerra & Paz
Pedidos sacrifícios, as imagens
Foram trazidas na maré, enxutas.
Treme a escada torpe, e o cão ladra –
São os antepassados, fixos,
Na água das janelas.
Que podemos fazer, o fumo
Entra nas casas é preciso
Uma porta que nos leve ao mar.
(2 votes, average: 5,00 out of 5)Mais poemas:
- Poema da Necessidade É preciso casar João, é preciso suportar António, é preciso odiar Melquíades, é preciso substituir nós todos. É preciso salvar […]...
- Anoitece na Aldeia Anoitece na aldeia e numa animação de fábula as pessoas recolhem às casas. Das chaminés, pelos telhados o fumo já […]...
- A Guerra que Aflige com seus Esquadrões A guerra, que aflige com os seus esquadrões o Mundo, É o tipo perfeito do erro da filosofia. A guerra, […]...
- Poema da Memória Havia no meu tempo um rio chamado Tejo que se estendia ao Sol na linha do horizonte. Ia de ponta […]...
- A Guerra Musa, pois cuidas que é sal o fel de autores perversos, e o mundo levas a mal, porque leste quatro […]...
- Lei O que é preciso é entender a solidão! O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga que leva […]...
- Cantiga de Banheiro A moça vai tomar banho, banho domiciliar. A moça não se dispersa na piscina nem no mar. A moça entra […]...
- A Invenção do Amor Em todas as esquinas da cidade nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos nas janelas dos autocarros mesmo […]...
- Guerra Tanto é o sangue que os rios desistem de seu ritmo, e o oceano delira e rejeita as espumas vermelhas. […]...
- Guerra São meus filhos. Gerei-os no meu ventre. Via-os chegar, às tardes, comovidos, nupciais e trementes do enlace da Vida com […]...
- A Guerra E tropeçavam todos nalgum vulto, quantos iam, febris, para morrer: era o passado, o seu passado – um vulto de […]...
- Como Podemos Esperar Como podemos esperar. Aguardar o que nossas mãos possam reter. Uma palavra. O olhar cúmplice. Se as coisas têm já […]...
- Cinzento Poeiras de crepúsculos cinzentos, Lindas rendas velhinhas, em pedaços, Prendem-se aos meus cabelos, aos meus braços Como brancos fantasmas, sonolentos… […]...
- Contra a Esperança É preciso esperar contra a esperança. Esperar, amar, criar contra a esperança e depois desesperar a esperança mas esperar, enquanto […]...
- Impossível Nós podemos viver alegremente, Sem que venham com fórmulas legais, Unir as nossas mãos, eternamente, As mãos sacerdotais. Eu posso […]...
- A Emoção Fugitiva Vamos buscando a emoção que não podemos encontrar neste tédio sempre igual que nos envolve o coração. Enfermos deste eterno […]...
- Um Vento Muito Leve Passa Leve, leve, muito leve, Um vento muito leve passa, E vai-se, sempre muito leve. E eu não sei o que […]...
- Na Ampla Praça há apenas Plátanos Na ampla praça há apenas plátanos. Nem crianças a correm de tão fria, nem estátuas a comovem bronzeadas. Das margens […]...
- Somos o Casamento da Noite com o Sangue Meu amor, ao fechar esta porta nocturna peço-te, amor, uma viagem por um escuro recinto: fecha os teus sonhos, entra […]...
- Quanta Tristeza e Amargura Quanta tristeza e amargura afoga Em confusão a ‘streita vida! Quanto Infortúnio mesquinho Nos oprime supremo! Feliz ou o bruto […]...
- Podemos Crer-nos Livres Aqui, Neera, longe De homens e de cidades, Por ninguém nos tolher O passo, nem vedarem A nossa vista as […]...
- Da Mais Alta Janela da Minha Casa Da mais alta janela da minha casa Com um lenço branco digo adeus Aos meus versos que partem para a […]...
- Casa Abandonada Minha saudade não larga Certa casa abandonada. E sinto, na boca, amarga, Essa lágrima chorada Quando a deixei… Caía, de […]...
- A Cidade de Palaguin Na cidade de Palaguin o dinheiro corrente era olhos de crianças. Em todas as ruas havia um bordel e uma […]...
- Lisboa Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias […]...
- Onde Nasceu a Ciência e o Juízo? MOTE – Onde nasceu a ciência?… – Onde nasceu o juízo?… Calculo que ninguém tem Tudo quanto lhe é preciso! […]...
- Sofro, Lídia, do Medo do Destino Sofro, Lídia, do medo do destino. A leve pedra que um momento ergue As lisas rodas do meu carro, aterra […]...
- Talvez quem Vê Bem não Sirva para Sentir Talvez quem vê bem não sirva para sentir E não agrada por estar muito antes das maneiras. É preciso ter […]...
- O Cachimbo Trigueiro, negro, enfarruscado, Sou o cachimbo d’um autor, incorrigível fumador, Que me tem já quase queimado. Quando o persegue ingente […]...
- Terra – 24 António, é preciso partir! o moleiro não fia, a terra é estéril, a arca vazia, o gado minga e se […]...