Autor Filinto Elísio

1 Vem, vem, doce Esperança, único alívio Desta alma lastimada; Mostra, na c’roa, a flor da Amendoeira, Que ao Lavrador […]

Se depois do infortúnio de nascermos Escravos da Doença e dos Pesares Alvos de Invejas, alvos de Calúnias Mostrando-nos a […]

“Prazer! Prazer! oh falso, oh bandoleiro! Que fugindo te ausentas De nós, sem saudade, e tão ligeiro: As penas nos […]

É nosso coração vorage imensa, Em que Honras, Cargos, lúbrica Ventura São dos Desejos vagos a mantença, Que, gozados, os […]

Se mais que aéreas nuvens pressuroso, Se mais que inquietas ondas inconstante, Nos foge o Tempo; é inútil o saudoso […]

Tardio às vezes, sempre merecido, Tem a Virtude o prémio aparelhado Ao profícuo talento, ao peito honrado, Que do dever […]

Nas praças uns perguntam novidades; Outros dão volta às ruas, ao namoro; Este usuras cobrar, esse as demandas Lembrar corre […]

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados, Um garbo senhoril, nevada alvura; Metal de voz que enleva de doçura, Dentes de […]

Onde estás, oh Filósofo indefesso Pio sequaz da rígida Virtude, Tão terna a alheios, quanto a si severa? Com que […]

1 Gentil Rola, que sobre o ramo seco, Desse viúvo freixo, brandas queixas Espalhas toda a noite, e escutas o […]

1 Tinha de fachos mil a noite ornado A argentada Princesa: De amor, graça e beleza O campo etéreo Vénus […]

Quando a Fortuna, de inconstante aviso, Encetou com desgraças O varão que não veio humilde, abjecto Adorar o seu Nume, […]

1 Que mimoso prazer! Teu rosto amado Me raiou na alma! Oh astro meu luzente! Desfez-se em continente O negrume […]

Sei, que um dia fatal me espera, e talha A minha vida o estame: Nem Prosérpina evita uma só frente. […]