Poema Depois das Bodas de Oiro
Depois das bodas de oiro,
Da hora prometida,
Não sei que mal agoiro
Me anoiteceu a vida…
Temo de regressar…
E mata-me a saudade…
_ Mas de me recordar
Não sei que dor me invade.
Nem quero prosseguir,
Trilhar novos caminhos,
Meus pobres pés dorir,
Já roxos dos espinhos.
Nem ficar… e morrer…
Perder-te, imagem vaga…
Cessar… não mais te ver…
Como uma luz se apaga…





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