Rufando Apressado
Rufando apressado, E bamboleado, Boné posto ao lado, Garboso, o tambor Avança em redor Do campo de amor… Com força, […]
Poemas em Português
Rufando apressado, E bamboleado, Boné posto ao lado, Garboso, o tambor Avança em redor Do campo de amor… Com força, […]
Há no ambiente um murmúrio de queixume, De desejos de amor, d’ais comprimidos… Uma ternura esparsa de balidos, Sente-se esmorecer […]
Imagens que passais pela retina Dos meus olhos, porque não vos fixais? Que passais como a água cristalina Por uma […]
Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho, Onde esperei morrer, meus tão castos lençóis? Do meu jardim exíguo […]
De sob o cômoro quadrangular Da terra fresca que me há de inumar, E depois de já muito ter chovido, […]
Desce em folhedos tenros a colina: Em glaucos, frouxos tons adormecidos, Que saram, frescos, meus olhos ardidos, Nos quais a […]
Choveu! E logo da terra humosa Irrompe o campo das liliáceas. Foi bem fecunda, a estação pluviosa! Que vigor no […]
Na cadeia os bandidos presos! O seu ar de contemplativos! Que é das flores de olhos acesos?! Pobres dos seus […]
Chorai arcadas Do violoncelo! Convulsionadas, Pontes aladas De pesadelo… De que esvoaçam, Brancos, os arcos… Por baixo passam, Se despedaçam, […]
O meu coração desce, Um balão apagado… _ Melhor fora que ardesse, Nas trevas, incendiado. Na bruma fastidienta. Como um […]
Porque o melhor, enfim, É não ouvir nem ver… Passarem sobre mim E nada me doer! _ Sorrindo interiormente, Co’as […]
Desce por fim sobre o meu coração O olvido. Irrevocável. Absoluto. Envolve-o grave como véu de luto. Podes, corpo, ir […]
Depois das bodas de oiro, Da hora prometida, Não sei que mal agoiro Me anoiteceu a vida… Temo de regressar… […]
A dor, forte e imprevista, Ferindo-me, imprevista, De branca e de imprevista Foi um deslumbramento, Que me endoidou a vista, […]
Floriram por engano as rosas bravas No inverno: veio o vento desfolhá-las… Em que cismas, meu bem? Porque me calas […]
Quando voltei encontrei os meus passos Ainda frescos sobre a úmida areia. A fugitiva hora, reevoquei-a, _ Tão rediviva! nos […]
Voz débil que passas, Que humílima gemes Não sei que desgraças… Dir-se-ia que pedes. Dir-se-ia que tremes, Unida às paredes, […]
Quando a vejo, de tarde, na alameda, Arrastando com ar de antiga fada, Pela rama da murta despontada, A saia […]
Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas, _ Fulgurações azuis, vermelhos de hemoptise, Represados clarões, cromáticas vesânias, No limbo onde esperais […]
Ao meu coração um peso de ferro Eu hei de prender na volta do mar. Ao meu coração um peso […]