Poesia Portuguesa

Poemas em Português

A França!

Vou sobre o Oceano (o luar de lindo enleva!) Por este mar de Gloria, em plena paz. Terras da Patria […]

Sê de Pedra!

Não reparaste nunca? Pela aldeia, Nos fios telegraphicos da estrada, Cantam as aves, desde que o sol nada, E, á […]

O Meu Cachimbo

Ó meu cachimbo! Amo-te immenso! Tu, meu thuribudo sagrado! Com que, bom Abbade, incenso A Abbadia do meu passado. Fumo? […]

Enterro de Ophelia

Morreu, Vae a dormir, vae a sonhar… Deixal-a! (Fallae baixinho: agora mesmo se ficou…) Como padres orando, os choupos formam […]

O Sr. Abbade

Quando vem Junho e deixo esta cidade, Batina, Caes, tuberculozos céus, Vou para o Seixo, para a minha herdade: Adeus, […]

Tempestade!

O meu beliche é tal qual o bercinho, Onde dormi horas que não vêm mais. Dos seus embalos já estou […]

Ballada do Caixão

O meu vizinho é carpinteiro, Algibebe de Dona Morte: Ponteia e coze, o dia inteiro, Fatos de pau de toda […]

Os Cavalleiros

– Onde vaes tu, cavalleiro, Pela noite sem luar? Diz o vento viajeiro, Ao lado d’elle a ventar… Não responde […]

Febre Vermelha

Rozas de vinho! Abri o calice avinhado! Para que em vosso seio o labio meu se atole: Beber até cair, […]

Males de Anto

A Ares n’uma aldeia Quando cheguei, aqui, Santo Deus! como eu vinha! Nem mesmo sei dizer que doença era a […]

O Somno de João

O João dorme… (Ó Maria, Dize áquella cotovia Que falle mais devagar: Não vá o João, acordar…) Tem só um […]

Maes, Vinde Ouvir!

Longe de ti, na cella do meu quarto, Meu copo cheio de agoirentas fezes, Sinto que rezas do Outro-mundo, harto, […]

Menino e Moço

Tombou da haste a flor da minha infancia alada, Murchou na jarra de oiro o pudico jasmim: Voou aos altos […]

À Luz da Lua!

Iamos sós pela floresta amiga, Onde em perfumes o luar se evola, Olhando os céus, modesta rapariga! Como as crianças […]

Quando Chegar a Hora

Quando eu, feliz! morrer, oiça, Sr. Abbade, Oiça isto que lhe peço: Mande-me abrir, alli, uma cova á vontade, Olhe: […]

Poveiro

Poveirinhos! meus velhos pescadores! Na Agoa quizera com vocês morar: Trazer o lindo gorro de trez cores, Mestre da lancha […]

Purinha

O Espirito, a Nuvem, a Sombra, a Chymera, Que (aonde ainda não sei) neste mundo me espera Aquella que, um […]

Paz!

E a Vida foi, e é assim, e não melhora. Esforço inutil, crê! Tudo é illuzão… Quantos não scismam n’isso […]

Para As Raparigas de Coimbra

1 Ó choupo magro e velhinho, Corcundinha, todo aos nós: És tal qual meu avôzinho, Falta-te apenas a voz. 2 […]

Carta a Manoel

Manoel, tens razão. Venho tarde. Desculpa. Mas não foi Anto, não fui eu quem teve a culpa, Foi Coimbra. Foi […]