A Lanterna
O sabio antigo andou pelas ruas d’Athenas, Com a lanterna accesa, errante, à luz do dia, Buscando o varão forte […]
Poemas em Português
O sabio antigo andou pelas ruas d’Athenas, Com a lanterna accesa, errante, à luz do dia, Buscando o varão forte […]
Eu gosto das aldeias socegadas, Com seu aspecto calmo e pastoril, Erguidas nas collinas azuladas – Mais frescas que as […]
Por que andas tu mal commigo? Ó minha doce trigueira? Quem me dera ser o trigo Que, andando, pisas na […]
N’aquellas altas janellas Que deitam para o telhado; Eu vejo-o sempre encostado, A namorar as estrellas. Tem assim ares d’empyrico […]
Hontem dormia à noute – e, eis que desperto Sacudido d’um vento agudo e forte, Como um homem tocado pela […]
Eu sei que morrerei, discreta amante, Antes do inverno vir; mas, lentamente, Quero morrer á tua luz radiante, Como os […]
Não sei que ha que me impelle Para o teu escuro olhar!… É mais branca a tua pelle, Do que […]
Ha muito, ó lenho triste e consagrado! Desfeita podridão, velho madeiro! Que tens avassalado o mundo inteiro, Como um pendão […]
Bate nos vidros a aurora, Vem depois a noute escura; E o pobre astro que ali móra, Não abandona a […]
A alma é como a noute escura, immensa e azul, Tem o vago, o sinistro, e os canticos do sul, […]
Bem sei que hei de morrer cedo e cansado, Alguma cousa triste em mim o diz, E vagarei no mundo […]
Deixa escrever-te, verde mar antigo, Largo Oceano, velho deus limoso, Coração sempre lyrico, choroso, E terno visionario, meu amigo! Das […]
Nenhum corpo mais lacteo e sem defeito Mais roseo, esculptural e femenino, Pode igualar-se ao seu, branco e divino Immovel, […]
Nas crises d’este tempo desgraçado, Quando nos pomos tristes a espalhar Os olhos pela historia do passado… Quem não verá, […]
Quando as tuas mãos inermes Forem em cruz sobre o peito, E que te roam os vermes Ó corpo branco […]
Como vos amo ver ó cathedraes sosinhas, A recortar o azul das noutes constelladas! Erguidos corucheus, mysticas andorinhas, – Ó […]
Veijo-a sempre passar séria, constante, – Às vezes, inclinada na janella, – Tranquilla, fria, e pallido o semblante, Como uma […]
Ia o vapôr singrando velozmente O verde mar antígo e caprixoso, Á rude voz do capitão Contente, – Um rubro […]
Ella é tão loura, lyrica, franzina, Tão mimosa, quieta, e virginal, Como uma bella virgem d’um missal Toda dourada, e […]
Ninguem soletra mais vossos mysterios Grandes letras da Noute! sem cessar… Ó tecidos de luz! rios ethereos, Olhos azues que […]
Quando é que emfim virá o claro dia, – O dia glorioso e suspirado! – Que não corra mais sangue, […]
Guardavam certos pastores seus rebanhos, ao relento, sobre os céus consoladores pondo a vista e o pensamento. Quando viram que […]
Eu não amo ninguem. Tambem no mundo Ninguem por mim o peito bater sente, Ninguem entende meu sofrer profundo, E […]
Visto que tudo passa e as épicas memorias Dos fortes, dos heroes, se vão cada vez mais, Que tudo é […]
Eu não sei, ó meu bem, cheio de graças! Se tu amas no Outomno – já sem rosas! – A […]
No tempo em que elle, nas lendas, Era amante e cortezão, Jogava, e tinha contendas, Cantava assim em Milão: …………………………………… […]
N’um paiz longe, secreto, Lendaria ilha affastada, Jaz todo o dia sentada N’um throno de marmor preto. No seu palacio […]
De certo, capital alguma n’este mundo Tem mais alegre sol e o ceu mais cavo e fundo, Mais collinas azues, […]
Tem um leque de plumas gloriosas, na sua mão macia e cintilante, de anéis de pedras finas preciosas a Senhora […]
Nós eramos uns dez ou onze convidados, – Todos buscando o gozo e achando o abatimento, E todos afinal vencidos […]
Não ha mulher mais pallida e mais fria, E o seu olhar azul vago e sereno Faz como o effeito […]
Tu que não temes a Morte, Nem a sombra dos cyprestes, Escuta, Lyrio do Norte, Os meus canticos agrestes: …………………………………… […]