Poema Desfraldando ao Conjunto Fictício dos Céus estrelados
Desfraldando ao conjunto fictício dos céus estrelados
O esplendor do sentido nenhum da vida…
Toquem num arraial a marcha fúnebre minha!
Quero cessar sem consequências…
Quero ir para a morte como para uma festa ao crepúsculo.
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