Autor Afonso Duarte

Por teu ventre começa a minha vida, Por teus olhos a estrela que me guia. Amor, que Deus te salve! […]

Cobrem-me as fontes já cabelos brancos, Não vou a festas. E não vou, não vou. Vou para a aldeia, com […]

Um sonhar-me distante, um longe incrível É agora o meu estado: Eu sonho o Espaço Que se fixa no mundo […]

Olhas-me tu: e nos teus olhos vejo Que eu sou apenas quem se vê: assim Tu tanto me entregaste ao […]

A quem foram roubar os pobres trapos: A mim, que sou humilde pobrezinho? Olhem bem que o valor desses farrapos […]

Em um solar de algum dia Cheiinho de alma e valia, Foi ali Que ao gosto de olhos a vi […]

1 Não há pressas, nem demoras, No coração das cantigas; Nem os relógios dão horas Quando cantam raparigas. 2 Como […]

Erros meus a que chamarei virtude, Por bem vos quero, e morro despedido Sem amor, sem saúde, o chão perdido, […]

Turvou-se de penumbra o dia cedo; Nem o sol apertou no meu beiral! Que longas horas de Jesus! Natal… E […]

Dos vastos horizontes me invocaram, Noutras formas artísticas imersos, Revoltos pensamentos que formaram Todo o amor e pureza dos meus […]

Vou de luar em rosto, descontente: Meus olhos choram lágrimas de sal. – Adeus, terras e moças do casal, – […]

1 Só a criança conhece a Eternidade Que é inocência do desconhecido. E o que me dá saudade É havê-la […]

Noite caindo… Céu de fogo e flores. Voz de Crepúsculo exalando cores, O céu vai cheio de Deus e de […]

Tive o jeito de rir, quando menino, Até beber as lágrimas choradas: Com carantonhas, gestos, desatino, Passou a nuvem e […]

Recordo, Margarida, as tardes quando Cata no Marão o Sol de Julho! Meu ranchinho de rolas rorolando, Vós éreis meu […]