Autor Pedro Tamen

Não sei, amor, sequer, se te consinto ou se te inventas, brilhas, adormeces nas palavras sem carne em que te […]

Só dos mortos devemos ter ciúmes; acordar de entre as pedras doentes dolorosos que da beira das arribas nos atirem […]

Devagar te amo, e devagar assomo os dedos à altura dos olhos, do cabelo dos anéis de outro turno, que […]

Não tenho para ti quotidiano mais que a polpa seca ou vento grosso, ter existido e existir ainda, querer a […]

Quero-te de branco, ou antes, modelada nas roupas que cosesses das bonecas, nos saltos, nos baloiços, nos degraus de uma […]

Não digo do Natal – digo da nata do tempo que se coalha com o frio e nos fica branquíssima […]

O mar é longe, mas somos nós o vento; e a lembrança que tira, até ser ele, é doutro e […]

Amar-te é vir de longe, descer o rio verde atrás de ti, abrir os braços longos desde os sete anos […]

Troco-me por ti Na brasa da fogueira mal ardida renovo o fogo que perdi, acendo, ascendo, ao lume, ao leme, […]

Formado em direito e solidão, às escuras te busco enquanto a chuva brilha. É verdade que olhas, é verdade que […]

A luz que vem das pedras, do íntimo da pedra, tu a colhes, mulher, a distribuis tão generosa e à […]

A segurança destas paralelas – a beira da varanda e o horizonte; assim me pacifico, e é por elas que […]

Onde foste ao bater das quatro horas e, antes, quem eras tu, se eras? Amigo ou inimigo, posso falar-te agora […]

Palavras que disseste e já não dizes, palavras como um sol que me queimava, olhos loucos de um vento que […]