Poesia Portuguesa

Poemas em Português

Baladas Românticas – Azul

Lembra-te bem! Azul-celeste Era essa alcova em que te amei. O último beijo que me deste Foi nessa alcova que […]

Mater

Tu, grande Mãe!… do amor de teus filhos escrava, Para teus filhos és, no caminho da vida, Como a faixa […]

Sonho

Quantas vezes, em sonho, as asas da saudade Solto para onde estás, e fico de ti perto! Como, depois do […]

Tédio

Sobre minh’alma, como sobre um trono, Senhor brutal, pesa o aborrecimento. Como tardas em vir, último outono, Lançar-me as folhas […]

Inania Verba

Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não […]

Baladas Românticas – Branca

Vi-te pequena: ias rezando Para a primeira comunhão: Toda de branco, murmurando, Na fronte o véu, rosas na mão. Não […]

Vanitas

Cego, em febre a cabeça, a mão nervosa e fria, Trabalha. A alma lhe sai da pena, alucinada, E enche-lhe, […]

Incontentado

Paixão sem grita, amor sem agonia, Que não oprime nem magoa o peito, Que nada mais do que possui queria, […]

Este, que um deus cruel arremessou à vida, Marcando-o com o sinal da sua maldição, – Este desabrochou como a […]

Por Estas Noites

Por estas noites frias e brumosas É que melhor se pode amar, querida! Nem uma estrela pálida, perdida Entre a […]

Vita Nuova

Se ao mesmo gozo antigo me convidas, Com esses mesmos olhos abrasados, Mata a recordação das horas idas, Das horas […]

Em uma Tarde de Outono

Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto. Outono… Rodopiando, as […]

A um Poeta

Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, […]

Criação

Há no amor um momento de grandeza, que é de inconsciência e de êxtase bendito: os dois corpos são toda […]

A Alvorada do Amor

Um horror grande e mudo, um silêncio profundo No dia do Pecado amortalhava o mundo. E Adão, vendo fechar-se a […]

Desterro

Já me não amas? Basta! Irei, triste, e exilado Do meu primeiro amor para outro amor, sozinho. Adeus, carne cheirosa! […]

Não és Bom, nem és Mau

Não és bom, nem és mau: és triste e humano… Vives ansiando, em maldições e preces, Como se a arder […]

Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas Do que as árvores novas, mais amigas: Tanto mais belas quanto mais antigas, Vencedoras […]

A Voz do Amor

Nessa pupila rútila e molhada, Refúgio arcano e sacro da Ternura, A ampla noite do gozo e da loucura Se […]

Requiescat

Por que me vens, com o mesmo riso, Por que me vens, com a mesma voz, Lembrar aquele Paraíso, Extinto […]