Poema Aparência
Cismo, numa tarde, entre esta tarde e a mor –
te, a verdade que nasce na minha carne:
Vivemos de beleza, de silêncio e beleza.
Trilhamos uma estrada incerta e traiçoeira,
A estrada perfumada por um crime.
Que para nós toda certeza surge, frágil e efé –
mera, como o desenho de um dedo nos vi –
dros embaçados de uma janela durante o
mês inverno.
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