Poema Edital

Mais poemas:

1. Tua Chama Incendeia o Meu Pensamento Penso: logo tua chama incendeia o meu pensamento logo me entregas as pálpebras da orquídea submersa logo o dia amanhece […]...
2. A um Mosquito Invencível mosquito, Émulo do mais livre pensamento, Sem corpo, e de todo espírito, Que deste fim a um tão alto […]...
3. Poema da Voz que Escuta Chamam-me lá em baixo. São as coisas que não puderam decorar-me: As que ficaram a mirar-me longamente E não acreditaram; […]...
4. O Relógio No álbum de Eduardo Burnay Ebúrneo é o mostrador: as horas são de prata Lê-se a firma Bruguet por baixo […]...
5. Consolação para os Principiantes Vede a criança, rodeada de porcos a grunhir, Desarmada, encolhendo os dedos dos pés. Chora, não sabe fazer mais nada […]...
6. Quem Rasgou os Meus Lençóis de Linho Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho, Onde esperei morrer, meus tão castos lençóis? Do meu jardim exíguo […]...
7. A fava espero que me calhe aquela fava que é costume meter no bolo-rei: quer dizer que o comi, que o partilhei […]...
8. Miseria Occulta Bate nos vidros a aurora, Vem depois a noute escura; E o pobre astro que ali móra, Não abandona a […]...
9. Mundo Incerto Eis aqui mil caminhos: Porventura Qual destes leva a gente ao povoado? Todos vão sós: só este vai trilhado; Mas […]...
10. Aparição A mulher que por mim passou na rua, há pouco, foi uma coisa diáfana, gentil, cedo, a pairar na sombra […]...
11. A Avidez da Morte Quem nos contará o que o morto sabia mas não disse? Quem há-de escrever as cartas que o morto não […]...
12. A Despedida Três modos de despedida Tem o meu bem para mim: – “Até logo”; “até à vista”: Ou “adeus” – É […]...
13. Vozes da Noite Vozes na Noite! Quem fala Com tanto ardor, tanto afã? Falou o Grilo primeiro, Logo depois foi a Rã. Pobre […]...
14. Para Quê?! Tudo é vaidade neste mundo vão… Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada! E mal desponta em nós a […]...
15. Ciúme Vão decorrendo as horas, vão-se os dias, Mas como outrora ela não vem. Ciúme? Olho em redor de mim, meu […]...
16. À Morte Peço a Paz Farto de Tudo À morte peço a paz farto de tudo, de ver talento a mendigar o pão, e o oco abonitado e […]...
17. A Caridade Eu podia falar todas as línguas Dos homens e dos anjos; Logo que não tivesse caridade, Já não passava de […]...
18. Mendiga Na vida nada tenho e nada sou; Eu ando a mendigar pelas estradas… No silêncio das noites estreladas Caminho, sem […]...
19. Corpo corpo que te seja leve o peso das estrelas e de tua boca irrompa a inocência nua dum lírio cujo […]...
20. Fico Aguardando Telegramas fico aguardando telegramas, os azuis recados. os poderes da manhã já pouco duram. à superfície o som move na boca […]...
21. Poema de Amor Teu rosto, no meu rosto, descansado. Meu corpo, no teu corpo, adormecido. Bater de asas, tão longe, noutro tempo, sem […]...
22. Intimidade Meu coração tem quantos versos quer; É só pulsá-los com medida e rumo. É só erguer-se a pino a um […]...
23. Z As formas, as sombras, a luz que descobre a noite e um pequeno pássaro e depois longo tempo eu te […]...
24. Certas Palavras Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser […]...
25. Pequenina Eu bem sei que te chamam Pequenina E ténue como o véu solto na dança, Que és no juizo apenas […]...
26. Para que quero a Glória Fugitiva? Já é tempo, já, que minha confiança Se desça duma falsa opinião; Mas Amor não se rege por razão, Não […]...
27. Poema Melancólico a não sei que Mulher Dei-te os dias, as horas e os minutos Destes anos de vida que passaram; Nos meus versos ficaram Imagens que […]...
28. Prefiro Rosas, meu Amor, à Pátria Prefiro rosas, meu amor, à pátria, E antes magnólias amo Que a glória e a virtude. Logo que a vida […]...
29. Não Digo do Natal Não digo do Natal – digo da nata do tempo que se coalha com o frio e nos fica branquíssima […]...
30. Canto dos Espíritos sobre as Águas A alma do homem É como a água: Do céu vem, Ao céu sobe, E de novo tem Que descer […]...