Poema Corpo de Ambiguidade
posso e não posso ir-me noite fora
nestes pilares do medo desta dor
– é quando os dedos ferem (não se tocam)
é quando hesito e coro
é quando vou não vou neste mergulho
em seco a imergir em pobre chão
de caos e flor e vinho e confusão
é quando sem chorar me escondo e choro
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