Poema Bramido

Mais poemas:

1. Com uma Estrela na Voz Que voz é esta? De onde vem? Que fantasmas antigos desperta quando tudo o mais parece ferido pela imobilidade de […]...
2. Poema Agreste Não sei por que buscas palavras longas para as coisas breves que nos assombram. Não sei por que teces teias […]...
3. Atravessaremos Juntos as Grandes Espirais Que boca há de roer o tempo? Que rosto Há de chegar depois do meu? Quantas vezes O tule do […]...
4. A Nada Imploram Tuas Mãos já Coisas A nada imploram tuas mãos já coisas, Nem convencem teus lábios já parados, No abafo subterrâneo Da úmida imposta terra. […]...
5. Horas Vivas Noite: abrem-se as flores… Que esplendores! Cíntia sonha amores Pelo céu. Tênues as neblinas Às campinas Descem das colinas, Como […]...
6. Um Fado: Palavras Minhas Palavras que disseste e já não dizes, palavras como um sol que me queimava, olhos loucos de um vento que […]...
7. Pastelaria Afinal o que importa não é a literatura nem a crítica de arte nem a câmara escura Afinal o que […]...
8. Tristeza Esta noite eu durmo de tristeza. (O sono que eu tinha morreu ontem queimado pelo fogo de meu bem.) O […]...
9. O Segredo e o Mistério Mistérios a pouco e pouco vão morrendo e extenuados de vigília os anjos são afinal a sussurrantes sibilinas vozes que […]...
10. Crepuscular Há no ambiente um murmúrio de queixume, De desejos de amor, d’ais comprimidos… Uma ternura esparsa de balidos, Sente-se esmorecer […]...
11. Ternura Desvio dos teus ombros o lençol, que é feito de ternura amarrotada, da frescura que vem depois do sol, quando […]...
12. Essas Coisas “Você não está mais na idade de sofrer por essas coisas.” Há então a idade de sofrer e a de […]...
13. Soneto de Mal Amar Invento-te recordo-te distorço a tua imagem mal e bem amada sou apenas a forja em que me forço a fazer […]...
14. Da Música A musica derrama-se no corpo terroso da palavra. Inclina-se no mundo em mutação do poema. A música traz na bagagem […]...
15. O Calendário Ardente dos Teus Dias o calendário ardente dos teus dias a lista das tuas agonias como se atreve como não ousa serenar serenar-te no […]...
16. Carta a Ângela Para ti, meu amor, é cada sonho de todas as palavras que escrever, cada imagem de luz e de futuro, […]...
17. Amor Quando é noite, e, na voz da Imensidade, Um alto sonho em lágrimas crepita, Tua graça de morte me visita, […]...
18. A Invenção do Amor Em todas as esquinas da cidade nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos nas janelas dos autocarros mesmo […]...
19. Os Poemas Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o […]...
20. Encantamento Quantas vezes, ficava a olhar, a olhar A tua dôce e angelica Figura, Esquecido, embebido num luar, Num enlêvo perfeito […]...
21. Tu e Eu Meu Amor Tu e eu meu amor meu amor eu e tu que o amor meu amor é o nu contra o […]...
22. Dá-me as Tuas Mãos As mãos foram feitas para trazer o futuro, encurtar a tristeza, encher o que fica das mãos de ontem – […]...
23. Tudo é Paixão Assim me perguntaste, assim te respondi: tudo é paixão. Como não lamber da tua pele, o mel que o desejo […]...
24. Gazel da Paciente Espera Para Regina Célia Colónia Quanto te esperei nas portas do dia e te esperei quando a terra nascia: o espírito […]...
25. O Silêncio Quando a ternura parece já do seu ofício fatigada, e o sono, a mais incerta barca, inda demora, quando azuis […]...
26. Auto-Retrato O’Neill (Alexandre), moreno português, cabelo asa de corvo; da angústia da cara, nariguete que sobrepuja de través a ferida desdenhosa […]...
27. O Amor é o Homem Inacabado Todas as árvores com todos os ramos com todas [as folhas A erva na base dos rochedos e as casas […]...
28. Com Palavras Com palavras me ergo em cada dia! Com palavras lavo, nas manhãs, o rosto e saio para a rua. Com […]...
29. Nada se Pode Comparar Contigo O ledo passarinho, que gorjeia D’alma exprimindo a cândida ternura; O rio transparente, que murmura, E por entre pedrinhas serpenteia; […]...
30. Alexandra Há pequenas aves que têm raízes nas palavras, essas palavras que não ficam arrumadas com decência na literatura, palavras de […]...
31. Pergunta Quem vem de longe e sabe o nome do meu lugar e levou o caminho das conchas em mar e […]...
32. Noite de Sonhos Voada Noite de sonhos voada cingida por músculos de aço, profunda distância rouca da palavra estrangulada pela boca armodaçada noutra boca, […]...
33. O Ideal Nunca poderá ser pálida bonequinha, Produto sem frescor qual manequim de molas, Pés para borzeguins, dedos p’ra castanholas, Que há-de […]...
34. Não me Peçam Razões Não me peçam razões, que não as tenho, Ou darei quantas queiram: bem sabemos Que razões são palavras, todas nascem […]...
35. Noutes de Chuva Eu não sei, ó meu bem, cheio de graças! Se tu amas no Outomno – já sem rosas! – A […]...
36. Há Palavras que Nos Beijam Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca. Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança louca. […]...
37. Os Teus Beijos, Meu Bem, Tuas Carícias Os teus beijos, meu bem, tuas carícias, Teus afagos, teus íntimos abraços, São apertados nós que dás nos laços Que […]...
38. Baby! Baby! Sossega a tua voz. Não digas mais Essas canções do Mundo. Deixa que eu esqueço Que fui menino ao […]...
39. Estás Só Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge. Mas finge sem fingimento. Nada ‘speres que em ti já não exista, […]...
40. Vatícinio Hás-de beber as lágrimas sombrias que nesta hora eu bebo soluçando!, e o veneno das minhas ironias há-de rasgar-te os […]...