Passam no teu olhar nobres cortejos, Frotas, pendões ao vento sobranceiros, Lindos versos de antigos romanceiros, Céus do Oriente, em […]

Mais alto, sim! mais alto, mais além Do sonho, onde morar a dor da vida, Até sair de mim! Ser […]

Caem as folhas mortas sobre o lago; Na penumbra outonal, não sei quem tece As rendas do silêncio… Olha, anoitece! […]

A mocidade esplêndida, vibrante, Ardente, extraordinária, audaciosa. Que vê num cardo a folha duma rosa, Na gota de água o […]

Até agora eu não me conhecia, julgava que era Eu e eu não era Aquela que em meus versos descrevera […]

Sinto hoje a alma cheia de tristeza! Um sino dobra em mim Ave-Maria! Lá fora, a chuva, brancas mãos esguias, […]

Ódio por Ele? Não… Se o amei tanto, Se tanto bem lhe quis no meu passado, Se o encontrei depois […]

Amiga… noiva… irmã… o que quiseres! Por ti, todos os céus terão estrelas, Por teu amor, mendiga, hei-de merecê-las, Ao […]

Amor! Anda o luar todo bondade, Beijando a terra, a desfazer-se em luz… Amor! São os pés brancos de Jesus […]

Não sei quem és. Já não te vejo bem… E ouço-me dizer (ai, tanta vez!…) Sonho que um outro sonho […]

Rasga esses versos que eu te fiz, amor! Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento, Que a cinza os cubra, […]

A noite sobre nós se debruçou… Minha alma ajoelha, põe as mãos e ora! O luar, pelas colinas, nesta hora, […]

É tão triste morrer na minha idade! E vou ver os meus olhos, penitentes Vestidinhos de roxo, como crentes Do […]

Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos Como um divino vinho de Falerno! Poisando em ti o meu […]

Diluído numa taça de oiro a arder Toledo é um rubi. E hoje é só nosso! O sol a rir… […]

Falo de ti às pedras das estradas, E ao sol que e louro como o teu olhar, Falo ao rio, […]

A. J. Emídio Amaro Ó minha terra na planície rasa, Branca de sol e cal e de luar, Minha terra […]

Em ti o meu olhar fez-se alvorada, E a minha voz fez-se gorjeio de ninho, E a minha rubra boca […]

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver. Não és sequer razão do meu viver Pois […]

Eu queria ser o Mar de altivo porte Que ri e canta, a vastidão imensa! Eu queria ser a Pedra […]