Poesia Portuguesa

Poemas em Português

A Nossa Casa

A nossa casa, Amor, a nossa casa! Onde está ela, Amor, que não a vejo? Na minha doida fantasia em […]

Supremo Enleio

Quanta mulher no teu passado, quanta! Tanta sombra em redor! Mas que me importa? Se delas veio o sonho que […]

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: Aqui… além… Mais Este e Aquele, o Outro e toda a […]

A Vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém; Inútil o desejo e o sentimento… Lançar um grande amor aos […]

Cegueira Bendita

Ando perdida nestes sonhos verdes De ter nascido e não saber quem sou, Ando ceguinha a tatear paredes E nem […]

Sou Eu!

À minha ilustre camarada Laura haves Pelos campos em fora, pelos combros, Pelos montes que embalam a manhã, Largo os […]

Sem Palavras

Brancas, suaves mãos de irmã Que são mais doces que as das rainhas, Hão de pousar em tuas mãos, as […]

O Meu Orgulho

Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera Não me lembrar! Em tardes dolorosas Lembro-me que fui a Primavera Que […]

Amiga

Deixa-me ser a tua amiga, Amor, A tua amiga só, já que não queres Que pelo teu amor seja a […]

A Minha Tragédia

Tenho ódio à luz e raiva à claridade Do sol, alegre, quente, na subida. Parece que a minh’alma é perseguida […]

Sol Poente

Tardinha… “Ave-Maria, Mãe de Deus…” E reza a voz dos sinos e das noras… O sol que morre tem clarões […]

Lembrança

Fui Essa que nas ruas esmolou E fui a que habitou Paços Reais; No mármore de curvas ogivais Fui Essa […]

Filtro

Meu Amor, não é nada: – Sons marinhos Numa concha vazia, choro errante… Ah, olhos que não choram! Pobrezinhos… Não […]

Castelã da Tristeza

Altiva e couraçada de desdém, Vivo sozinha em meu castelo: a Dor! Passa por ele a luz de todo o […]

Nervos D’Oiro

Meus nervos, guizos de oiro a tilintar Cantam-me n’alma a estranha sinfonia Da volúpia, da mágoa e da alegria, Que […]

Ser Poeta

Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo […]

Teus Olhos

Olhos do meu Amor! Infantes loiros Que trazem os meus presos, endoidados! Neles deixei, um dia, os meus tesoiros: Meus […]

O Meu Soneto

Em atitudes e em ritmos fleumáticos, Erguendo as mãos em gestos recolhidos, Todos brocados fúlgidos, hieráticos, Em ti andam bailando […]

Anoitecer

A luz desmaia num fulgor d’aurora, Diz-nos adeus religiosamente… E eu, que não creio em nada, sou mais crente Do […]

Para Quê?!

Tudo é vaidade neste mundo vão… Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada! E mal desponta em nós a […]