Poema Anoitece na Aldeia

Mais poemas:

1. Anoitece em Inferno a Minha Casa Anoitece em inferno a minha casa. Fico com este começo de verso a serenar a exaltação de não dizer nada. […]...
2. No Fim do Verão No fim do verão as crianças voltam, correm no molhe, correm no vento. Tive medo que não voltassem. Porque as […]...
3. Pelo Tejo Vai-se para o Mundo O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo […]...
4. Idylio d’Aldeia Não sei que ha que me impelle Para o teu escuro olhar!… É mais branca a tua pelle, Do que […]...
5. Na Aldeia A Cristóvão Aires Duas horas da tarde. Um sol ardente Nos colmos dardejando, e nos eirados. Sobreleva aos sussurros abafados […]...
6. Chico Talvez não fosses forte para a felicidade, nem para o medo. Olha as pessoas felizes: ocultam-se na felicidade como em […]...
7. Tristissima N’um paiz longe, secreto, Lendaria ilha affastada, Jaz todo o dia sentada N’um throno de marmor preto. No seu palacio […]...
8. Nocturno a Duas Vozes – Que posso eu fazer senão beber-te os olhos enquanto a noite não cessa de crescer? – Repara como sou […]...
9. Obsessão do Mar Oceano Vou andando feliz pelas ruas sem nome… Que vento bom sopra do Mar Oceano! Meu amor eu nem sei como […]...
10. Em Cruz não Era Acabado As crianças viravam as folhas dos dias enevoados e da página do Natal nasciam os montes prateados da infância. Intérmina, […]...
11. É Noite, Mãe As folhas já começam a cobrir o bosque, mãe, do teu outono puro… São tantas as palavras deste amor que […]...
12. As Palavras Interditas Os navios existem, e existe o teu rosto encostado ao rosto dos navios. Sem nenhum destino flutuam nas cidades, partem […]...
13. Nunca te Amei Tanto Nunca te amei tanto, ma soeur, Como quando de ti parti naquele pôr-de-sol. O bosque engoliu-me, o bosque azul, ma […]...
14. Pequena Elegia de Setembro Não sei como vieste, mas deve haver um caminho para regressar da morte. Estás sentada no jardim, as mãos no […]...
15. Na Ampla Praça há apenas Plátanos Na ampla praça há apenas plátanos. Nem crianças a correm de tão fria, nem estátuas a comovem bronzeadas. Das margens […]...
16. Procuro-te Procuro a ternura súbita, os olhos ou o sol por nascer do tamanho do mundo, o sangue que nenhuma espada […]...
17. Elegia do Amor Lembras-te, meu amor, Das tardes outonais, Em que íamos os dois, Sozinhos, passear, Para fora do povo Alegre e dos […]...
18. A Neve Cai Os funerais aproximam-se cada vez mais densos como placas da rua quando nos aproximamos de alguma cidade. O olhar de […]...
19. A Parte Invisível do Visível A parte invisível do visível. De resto conhecer mais o quê? O Manifesto do Invisível. Os lobos são a cabeça […]...
20. As Crianças Adoecem no Inverno As crianças adoecem no Inverno, tossem de noite, morres por elas nesses momentos em que precisam de ti. Vigias o […]...
21. Eu Sou do Tamanho do que Vejo Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo… Por isso a minha aldeia é tão grande […]...
22. Dois Epigramas O sábio das coisas simples olhou em torno e disse: não há profundidade sem superfície É preciso dizer bom dia […]...
23. Litania O teu rosto inclinado pelo vento; a feroz brancura dos teus dentes; as mãos, de certo modo, irresponsáveis, e contudo […]...
24. Metáfora da Ambição Vivia aquele Freixo no alto monte, Verde e robusto: apenas o tocava O brando vento, apenas o deixava De abraçar […]...
25. Ode à Paz Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza, Pelas aves que voam no olhar de uma criança, Pela limpeza do […]...
26. O Único Mistério do Universo é o Mais e não o Menos No dia brancamente nublado entristeço quase a medo E ponho-me a meditar nos problemas que finjo… Se o homem fosse, […]...
27. Foi n’uma Tarde de Julho Foi n’uma tarde de Julho. Conversávamos a mêdo, – Receios de trahir Um tristissimo segrêdo. Sim, duvidávamos ambos: Elle não […]...
28. Certa Velhinha 1 Além, na tapada das Quatorze Cruzes, Que triste velhinha que vae a passar! Não leva candeia; hoje, o céu […]...
29. Amor Aqueles olhos aproximam-se e passam. Perplexos, cheios de funda luz, doces e acerados, dominam-me. Quem os diria tão ousados? Tão […]...
30. Mediadora do Vento Ligeira sobre o dia ao som dos jogos, desliza com o vento num encantado gozo. Pelas praias do ar difunde-se […]...
31. Hoje é o Dia de Todos os Deuses Hoje é o dia de todos os deuses. A maresia subirá breve ao terceiro andar. Virá como quem pede mais […]...
32. Mapa Ao norte, a torre clara, a praça, o eterno encontro, A confidência muda com teu rosto por jamais. A leste, […]...
33. Sepultura d’um Poeta Maldito Se, em noite horrorosa, escura, Um cristão, por piedade, te conceder sepultura Nas ruínas d’alguma herdade, As aranhas hão-de armar […]...
34. Eu Eu, eu mesmo… Eu, cheio de todos os cansaços Quantos o mundo pode dar. – Eu… Afinal tudo, porque tudo […]...
35. Não Receeis Fazer Bem Senhoras não hajais medo não receeis fazer bem tende o coração mui quedo e vossas mercês verão cedo quão grandes […]...
36. Estátua Falsa Só de ouro falso os meus olhos se douram; Sou esfinge sem mistério no poente. A tristeza das coisas que […]...
37. Em uma Tarde de Outono Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto. Outono… Rodopiando, as […]...
38. Este é um dos Lugares Este é um dos lugares (ou parte alguma?) que nunca esperei ocupar ou ver sequer; alheio em tudo, igual a […]...
39. As Tuas Mãos Terminam em Segredo As tuas mãos terminam em segredo. Os teus olhos são negros e macios Cristo na cruz os teus seios (?) […]...
40. Ante a Paisagem Eu fujo da Paisagem. Tenho medo. Os pinheirais são em marfim bordados. Sou paisagem-cetim num olhar quedo, Oiro louco sonhando […]...