Poema Moças na Praia
Nem sombra de mangas penugem
sol talvez a asa de uma andorinha
(a ferir guitarra). Brilhando
no meio dos peixes as pernas folhas
que a noite aconchegou. A distância
(ao vivo) entre a humidade e o
desejo inapreensível. Os seios
(o alvo) rumor de bebidas no parque
à espera do conhecimento hora e corpo
(os corpos) a crescerem maduros
contra a morte.
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