Autor Almeida Garrett

D. D. D. Creio em Ti, Deus; a fé viva De minha alma a Ti se eleva. És: – o […]

Seus olhos – que eu sei pintar O que os meus olhos cegou – Não tinham luz de brilhar, Era […]

Para todos tens carinhos, A ninguém mostras rigor! Que rosa és tu sem espinhos? Ai, que não te entendo, flor! […]

Não te amo, quero-te: o amar vem d’alma. E eu n’alma – tenho a calma, A calma – do jazigo. […]

Como a víbora gerado, No coração se formou Este amor amaldiçoado Que à nascença o espedaçou. Para ele nascer morri; […]

A flor de ventura Que amor me entregou, Tão bela e tão pura Jamais a criou: Não brota na selva […]

É lei do tempo, Senhora, Que ninguém domine agora E todos queiram reinar. Quanto vale nesta hora Um vassalo bem […]

Quando eu sonhava, era assim Que nos meus sonhos a via; E era assim que me fugia, Apenas eu despertava, […]

Pois essa luz cintilante Que brilha no teu semblante Donde lhe vem o ‘splendor? Não sentes no peito a chama […]

Vem do amor a Beleza, Como a luz vem da chama. É lei da natureza: Queres ser bela? – ama. […]

Rosa pálida, em meu seio Vem, querida, sem receio Esconder a aflita cor. Ai!, a minha pobre rosa! Cuida que […]

Ai, Helena!, de amante e de esposo Já o nome te faz suspirar, Já tua alma singela pressente Esse fogo […]

Quem bebe, rosa, o perfume Que de teu seio respira? Um anjo, um silfo? ou que nume Com esse aroma […]

Fiel ao costume antigo, Trago ao meu jovem amigo Versos próprios deste dia. E que de os ver tão singelos, […]

Minha Júlia, um conselho de amigo; Deixa em branco este livro gentil: Uma só das memórias da vida Vale a […]

Era assim, tinha esse olhar, A mesma graça, o mesmo ar, Corava da mesma cor, Aquela visão que eu vi […]

Adeus! para sempre adeus! Vai-te, oh! vai-te, que nesta hora Sinto a justiça dos céus Esmagar-me a alma que chora. […]

Quem disse à estrela o caminho Que ela há-de seguir no céu? A fabricar o seu ninho Como é que […]

São belas – bem o sei, essas estrelas, Mil cores – divinais têm essas flores; Mas eu não tenho, amor, […]

Olha bem estes sítios queridos, Vê-os bem neste olhar derradeiro… Ai! o negro dos montes erguidos, Ai! o verde do […]