Autor Abílio Guerra Junqueiro

Maior do que nós, simples mortais, este gigante foi da glória dum povo o semideus radiante. Cavaleiro e pastor, lavrador […]

Não és a flor olímpica e serena Que eu vejo em sonhos na amplidão distante; Não tens as formas ideais […]

Desde aquela dor tamanha Do momento em que parti Um só prazer me acompanha, Filha, o de pensar em ti: […]

(Dedicatória de introdução a “A Musa em Férias”) Recordam-se vocês do bom tempo d’outrora, Dum tempo que passou e que […]

(A minha filha) Filha, quando sorris, iluminas a casa Dum celeste esplendor. A alegria é na infância o que na […]

I E é triste ver assim ir desfolhando, Vê-las levadas na amplidão do ar, As ilusões que andámos levantando Sobre […]

I Eu nunca naveguei, pieguíssimo argonauta Dans les fleuves du tendre, onde há naufrágios bons, Conduzindo Florian na tolda a […]

Eu não te tenho amor simplesmente. A paixão Em mim não é amor; filha, é adoração! Nem se fala em […]

Não negues, confessa Que tens certa pena Que as mais raparigas Te chamem morena. Pois eu não gostava, Parece-me a […]

Eis as crianças vermelhas Na sua hedionda prisão: Doirado enxame de abelhas! O mestre-escola é o zangão. Em duros bancos […]

A alegria da vida, essa alegria d’oiro A pouco e pouco em mim vai-se extinguindo, vai… Melros alegres de bico […]

Pediste-me sorrindo, ó minha flor gentil, Uns versos às tuas vinte alvoradas de Abril. Vinte anos já!… não creio, estás […]

És tu quem me conduz, és tu quem me alumia, Para mim não desponta a aurora, não é dia, Se […]

………………………………. ………………………………. E disse-me: Poeta, ao longe no horizonte Não vês quase a lamber a abóbada do céu Brilhante e […]

Como hei-de ser um Petrarca, Cantar como um rouxinol, Se o meu termómetro marca Quarenta e dois graus ao sol! […]

(Carta ao amigo Bernardo Pindela) Entre tanta miséria e tantas coisas vis Deste vil grão de areia, Ainda tenho o […]

Arde o corpo do sol, brotam feixes de luz: O que é a luz? Sol que morreu. Dardeja a luz, […]

Minha mãe, minha mãe! ai que saudade imensa, Do tempo em que ajoelhava, orando, ao pé de ti. Caía mansa […]

Que durmam, muito embora, os pálidos amantes, Que andaram contemplando a Lua branca e fria… Levantai-vos, heróis, e despertai, gigantes! […]

(Vendo-a dormir) Que alma intacta e delicada! Que argila pura e mimosa! É a estrela d’alvorada Dentro dum botão de […]