Autor Abade Jazente

Nize, eu não sou de ferro, e atenuado, Ainda que o fora, o uso me teria; Porque enfim do trabalho […]

Amor é um arder que se não sente; É ferida que dói, e não tem cura; É febre, que no […]

Eu como, eu bebo, eu durmo e a vida passo Ora bem, ora mal, como sucede: Tomo tabaco, e chá; […]

(Ao seu Amigo) Deixa, Moreira, o mundo; é tempo agora De ver da praia firme o golfo insano, As velas […]

Não desejo chegar a tal grandeza, Que aduladores vis cerquem meus lados, Nem palácios magníficos doirados, Ricas alfaias, nem polida […]

Tó, Mondego, vem cá; pois tu somente Alivias um pouco o meu cuidado; Que em parte se consola um desgraçado, […]

Enquanto to permite a mocidade, Teu Pai disfarça, tua Mãe consente, E enquanto, Nize, a moda o não desmente Nos […]

É bem feliz por certo, o que somente Ao rústico lavor acostumado Conduzir sabe os bois, reger o arado, E […]

A trinta e cinco réis custa a pescada: O triste bacalhau a quatro e meio: A dezasseis vinténs corre o […]

Ou fosse, Nize, em nós pouca cautela, Ou que alguém pressentisse o nosso enleio, Tudo se sabe já; tudo é […]

Nize, deixa-me em paz; porque já agora No mar de Amor, por mais que á vela saia, Carcaça velha sou, […]

Ora Nize se ri, ora lamenta, Ora se of’rece, ora se dificulta Ora em nada me aceita, ora me multa […]

Sem causa a Infância ri, sem causa chora: Incauta se despenha a mocidade; Sacode o jugo, e nela a liberdade, […]